tinta acrílica sobre fotografia
tinta acrílica sobre fotografia
tinta acrílica sobre fotografia
«Negro Exterior» 1981, fotografia
«A Casa» 1982, fotografia
«Sem Título» 1996-97, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
«Entrada Azul» 1980, tinta acrílica sobre fotografia
(em exposição do Museu Berardo Lisboa)
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«Estudo para Dois Espaços» 1977, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
«A Casa» 1982, fotografia
«Sem Título» 1996-97, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
«Entrada Azul» 1980, tinta acrílica sobre fotografia
(em exposição do Museu Berardo Lisboa)
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«Estudo para Dois Espaços» 1977, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
«Estudo para Dois Espaços» 1977, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
«Estudo para Dois Espaços» 1977, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
«Estudo para Dois Espaços) 1977, fotografia
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
tinta acrílica sobre fotografia
Da série Seduzir (Seduce) «Sem Título» 2002, fotografia
Da série Seduzir (Seduce) «Sem Título» 2002, fotografia
Da série Seduzir (Seduce) «Sem Título» 2001, fotografia
fotografia
«Sente-me» 1979, fotografia
fotografia
fotografia
fotografia
Da série Onda (Wave) «Sem Título» 1997, fotografia
«Estudo para um enriquecimento interior» 1977-78
tinta acrílica sobre fotografia
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Da série Intus «Eu estou aqui» 2005, fotografia *
Da série Dois Espaços (Two Spaces) «Sem Título» 2006, fotografia
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Da série Intus « Eu estou aqui» 2005, fotografia *
«Sem Título» 2003, fotografia
fotografia
Da série Rodapé (Feet on the Ground) «Sem Título» 1999, fotografia
«A Experiência do Lugar I» 2001, fotografia
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Helena Almeida nasceu em Lisboa em 1934. Tirou o curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. A sua obra, muito diversificada (pintura, desenho, instalação, escultura e gravura), tem um denominador comum: a fotografia.
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Helena Almeida nasceu em Lisboa em 1934. Tirou o curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. A sua obra, muito diversificada (pintura, desenho, instalação, escultura e gravura), tem um denominador comum: a fotografia.
Pela primeira vez, em 1967, expõe individualmente na Galeria Buchholz, onde apresenta uma pintura abstracta geométrica, usando o azul e o laranja e interrogando a natureza e a função dos suportes e da moldura (colecção CAMJAP). Já nesta fase se encontram os primeiros indícios de uma saída física da tela, protagonizada, neste caso, pelo deslize da moldura para fora do lugar da pintura.
Nos anos seguintes, surgem as instalações feitas com utensílios de uso doméstico (flores de plástico, tule...) e os desenhos com colagem de fio de crina. Estes últimos fazem coexistir o plano e o volume numa delicada mas poderosa submissão à fisicalidade da linha.
Numa performance documentada em vídeo (colecção CAMJAP), a palavra “ouve-me” é desenhada sobre um papel no espaço da boca, que o sorve por trás, e remete para a série de fotografias (1979) em que, como um fio, o desenho da palavra lhe “cose” os lábios. Em 1969, e pela primeira vez, faz-se fotografar pelo seu marido (o escultor e arquitecto Artur Rosa), de corpo inteiro, agarrando uma tela rosa sobre o peito.
Na década de 70, com as séries Pinturas e Desenhos Habitados, a artista revela uma profunda meditação sobre os efeitos decorrentes de “tentar abrir um espaço custe o que custar”, como na obra Tela Habitada (1976): representa e utiliza o seu próprio corpo numa sequência de imagens em que simula romper a tela e, ainda que aparentemente o consiga, na penúltima fotografia, percebe-se que o seu objectivo não é alcançado, sugerindo depois o recomeço de modo cíclico, infindável. É ainda a figura do rasgão que organiza a sua “entrada” no espaço da tela ou do papel, na obra Corte Secreto (1981), também integrada na colecção do CAMJAP. O questionamento e a desconstrução do espaço da obra e daquele que o envolve, do lugar do artista dentro e fora deles ou em limiares de transição entre eles, constituem os principais enquadramentos conceptuais da obra.Em 1980, Helena Almeida descobre o negro. Da cumplicidade desta cor com a fotografia surgem grandes telas fotossensibilizadas.
Em 1987, destacaram-se os Frisos, conjunto de 262 fotografias sobre papel que a artista expôs no CAMJAP. Prossegue entretanto com os trabalhos de instalação e fotografia, mantendo a utilização da sua própria imagem como uma constante da obra.
Numa das fotografias da série Seduzir, a cor do sangue é a cor da pintura na planta de um dos pés deixada a descoberto por um sapato caído. Se a mão levanta um dos lados da saia num gesto coquette e se o salto alto dos sapatos o reforça, dois aspectos interrompem ou cerceiam esse propósito coreográfico: o corpo é um vulto negro, mais ou menos informe e sem cabeça, de forma a concentrar o nosso olhar na pele das pernas e dos pés, e nessa mancha inesperada que tinge de vermelho uma zona escondida do corpo, dando a pensar o que nela pode ser violência dissimulada, como em alguns jogos de sedução. Por outro lado, se é a mão que tradicionalmente realiza a pintura, é o pé que a assume, neste trabalho, como agente passivo (suporte da pincelada), mas também activo do movimento, da surpresa, da cor e da tinta na fotografia a preto e branco e da perturbação metafórica. Engolir, secretar, integrar, esconder, escorrer, agir, habitar, localizar a pintura, a partir do corpo, nele e com ele – eis o programa de trabalho de uma vida.
Das inúmeras exposições feitas em Portugal e no estrangeiro, destacam-se a exposição na Fundação de Serralves (Porto, 1995), no Centro Galego de Arte Contemporânea (Santiago de Compostela, 2000) e, recentemente, na Galerie im Taxispalais (Innsbrück, na Áustria, 2003). Pés no Chão, Cabeça no Céu é o nome da importante antológica realizada no Centro Cultural de Belém em Março de 2004.
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"Pes no Chao, Cabeca no Ceu" (Feet on the Ground, Head in the Clouds) encom-passes thirty-five years of work in which, between the studio floor and the blue sky, everything passed through the body of Helena Almeida. In the '60s the artist began questioning the material and conceptual elements that constitute the definition of painting. In the '70s she abandoned traditional modes of depiction to undertake an array of practices whose point of departure is her own body. It all begins "inside me"--"Dentro de Mim," as the title of a series of photographs from 2000-2001 says--not in the psychological sense of a subjectivity that expresses itself, but in the performative sense of material (the body) presenting itself.
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Almeida creates successive series of black-and-white photographs of herself. The photos register moments of the action of moving about, painting, or drawing in the studio--not painting or drawing by traditional means, perhaps, but through actions that transform movements into a work of art. In the series "Pintura Habitada" (Inhabited Painting), 1975-77, and "Desenho Habitado" (Inhabited Drawing), 1975, we see the artist in the act of painting or drawing, holding in her hand the brush or pencil from which flow streams of blue paint or black thread that, above or emerging from the surface of the photograph, possesses a real physical presence. The video Sente-me, Ouve-me, Vi-me (Feel Me, Hear Me, See Me), 1978-80, reveals the performance dimension of the work that precedes the photos.
Almeida creates successive series of black-and-white photographs of herself. The photos register moments of the action of moving about, painting, or drawing in the studio--not painting or drawing by traditional means, perhaps, but through actions that transform movements into a work of art. In the series "Pintura Habitada" (Inhabited Painting), 1975-77, and "Desenho Habitado" (Inhabited Drawing), 1975, we see the artist in the act of painting or drawing, holding in her hand the brush or pencil from which flow streams of blue paint or black thread that, above or emerging from the surface of the photograph, possesses a real physical presence. The video Sente-me, Ouve-me, Vi-me (Feel Me, Hear Me, See Me), 1978-80, reveals the performance dimension of the work that precedes the photos.
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Almeida's transdisciplinary dynamic leads not only to an abandonment of the traditional artistic practices but to the progressive awareness of the necessity of making the passage from oneself to others. In the "Inside Me" series, made by attaching mirrors to different parts of herself, the body opens itself to reflect space, light, and everything that surrounds it. In these images the movement of the body remakes the surrounding space, and remakes itself, as body, through the absorption of that same space. The way that the author "installs" her body in the studio modifies what would otherwise be our normal perception of space by generating an installation effect.
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Almeida's work explores questions such as: How is it that the body and the movement of a body--that of the author--makes art? How is it that during this process the body itself is what becomes art? And after various forms of interaction (absorption, penetration, occultation, habitation) between the body and the works of art that arise from it, what remains for art besides the mark of a body's passage? The answer to this last question lies perhaps in the title of a recent series: "Seduzir" (Seduce), 2002. In these photographs, we witness the peculiar staging of certain poses that we can interpret as commentary on the stereotypes of feminine seduction. But the most unsettling effect results from the artist's confronting us with the presence of her body in a manner that forces us, as observers, to take cognizance of the place and limits of the action and power of our own bodies.
Alexandre Melo, ArtForum, Sept, 2004
Almeida's work explores questions such as: How is it that the body and the movement of a body--that of the author--makes art? How is it that during this process the body itself is what becomes art? And after various forms of interaction (absorption, penetration, occultation, habitation) between the body and the works of art that arise from it, what remains for art besides the mark of a body's passage? The answer to this last question lies perhaps in the title of a recent series: "Seduzir" (Seduce), 2002. In these photographs, we witness the peculiar staging of certain poses that we can interpret as commentary on the stereotypes of feminine seduction. But the most unsettling effect results from the artist's confronting us with the presence of her body in a manner that forces us, as observers, to take cognizance of the place and limits of the action and power of our own bodies.
Alexandre Melo, ArtForum, Sept, 2004
(translated by Clifford E. Landers)
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2 comentários:
Simplesmente uma maravilha.
Sobretudo as ideias da LUZ e da Figura Humana, são uma maravilha...
gostei muito das ideias criadas com fotografia. passa muito sentimento e questionamento nas instalações. São muitas vozes nas fotos, mas todas mudas.
Interessantissimo..
Rosana
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