sábado, junho 16

Mariana Palma, São Paulo / Brasil - pintora contemporânea

Sem título (2006), óleo sobre tela

Oferenda (2005), óleo sobre painel

Anestesia para transbordar (2003), óleo sobre tela

Anestesia para transbordar (2003), óleo sobre tela

Sem título (2006), óleo sobre tela

Decantação (2003), óleo sobre tela

Sem título (2005), óleo sobre tela
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Mariana Palma nasceu em São Paulo, ingressando no curso de bacharelado em artes plásticas, em 1998, da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, concluindo o mesmo em 2000. A artista já realizou exposições individuais em Florianópolis, no Museu Victor Meirelles, em Recife, no Instituto de Arte Contemporânea, em Curitiba na Fundação Cultural, em Ribeirão Preto no Museu de Arte e em São Paulo, na Galeria Casa Triângulo. Em 2006 participou de sete coletivas, dentre elas Rumos Artes Visuais. Nos anos anteriores, suas obras já puderam ser apreciadas em 21 exposições coletivas. Mariana Palma recebeu algumas premiações: Prêmio Exposição Individual do SESC Ribeirão Preto (2003), Prêmio Aquisição do Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Prêmio do Museu de Arte de Ribeirão Preto, da Casa do Olhar em Santo André em 2003,2005 e 2006 respectivamente. Participou de projetos com Albano Alfonso, Sandra Cinto, Eduardo Brandão e cursos ministrados por Nelson Leirner, Iole de Freitas, Carlos Farjardo, Rodrigo Naves, Paulo Pasta entre outros. Mariana Palma é uma artista que dialoga com o mundo das cores em suas aquarelas e pinturas, se entorpece dele, com uma riqueza de detalhes impressionante.

Crítica:
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PAISAGENS DA ALMA INCAPTURÁVEL
Abordarei neste ensaio algumas telas de Mariana Palma, artista plástica de formação, nascida em São Paulo em 1979. Pintadas neste novo milênio, nelas comparecem várias questões para pensar a história da arte como um procedimento realizado em camadas, composto por condensações e desvios. Revestidos de modo estranho, os objetos que povoam um ambiente quase sempre inidentificável são apresentados numa cenografia que é ao mesmo tempo figurativa e abstrata, confirmando-se pelos retratos residuais que se espalham e pelas naturezas- mortas inorgânicas que emergem. Suas paisagens cintilantes parecem ter sido extraídas de um lugar pressentido mas inapreensível, perdido para sempre numa profundeza inalcançável do tempo ou do espaço. Configurações sem função, trata-se de composições que fazem o olhar funcionar do mesmo modo que, diante das penas de um pavão ou das asas de certas borboletas, imaginamos olhos onde existem somente ocelos.
Muito já se disse sobre o fato de que a arte, como a Filosofia, remete sempre às mesmas questões, embora também se saiba que toda obra se constitui como universo ou labirinto portátil que guarda a profusão de incontáveis refrações e inumeráveis inquietações desta espécie de projeção infinita. Próximo deste ponto chega-se ao entendimento de que a obra de arte não conhece história e de que seu alcance tem menos a ver com os encadeamentos cronológicos e mais com a reinstauração de enigmas, potencializados pela conexão entre descontinuidades distintas e um olhar que acolhe na particularidade do detalhe o irredutível que retorna. Assim, se a forma da linguagem é finita, os lances que permitem realizar uma espécie de pensamento-delírio não o são, sendo que é exatamente na criação como operação de esquecimento que se produz uma ilusão continua e incessantemente renovada de que arte é sempre desvio do existente e, como tal, criação de mundo.
Rosângela Miranda Cherem
O texto completo
aqui.

Programa de Exposições
Museu Victor Meirelles

1 comentário:

nuria disse...

gostaria entra em contato com mariana, adoro o trabalho de ela