sexta-feira, fevereiro 1

Pedro Cabrita Reis, Lisboa / Portugal - arte conceptual contemporânea

The Large Self-Portraits series «No. 10» 2005
mixed media on paper
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«A Room for a Poet» 2000, installation view
brick, cement, wood, tree
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Cathedral series «No. 1» 1999, installation view
bricks, concrete, enamel

The Large Self-Portraits series «No. 16» 2005
mixed media on paper

Serene Disturbance» 2002, mixed media, installation view

«Serene Disturbance» 2002 (detail)

«Serene Disturbance» 2002 (detail)

The Large Self-Portraits series «No. 14» 2005
mixed media on paper

10 Quadros para o Ano 2000 series «Untitled», ca. 1980-90
enamel and acrylic on wood
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)
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«Absent Names» 2003, installation view,
painted aluminum, asphalt roofing felt, standard air conditioners,
fluorescent lights

«Absent Names» 2003 (interior view)

The Large Self-Portraits series «No. 12» 2005
mixed media on paper

«A Espera» (The Waiting) 1990, sculpture,
plaster, wood

«I dreamt your house was a line» 2003, installation view
acrylic wall painting, aluminium, painted fluorescent armatures

Das Mãos dos Construtores series «II» 1993
fibrociment elements, bricks, found wood table, stolen bycicle,
geranium in flower pots, iron-mash containers

The Large Self-Portraits series «No. 24» 2005
mixed media on paper

«Longer Journeys» 2003, installation view at
the 50th Venice Biennale (portuguese pavilion)
aluminium, plywood doors, fluorescent lights
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«Longer Journeys» 2003 (back view)

«Longer Journeys» 2003 (detail)

The Large Self-Portraits series «No. 37» 2005
mixed media on paper


Blind Cities series «No. 1» 1998
aluminium door frames, standard masonite doors,
enamel on plexiglass, wood, wrapping paper
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«A Divided House» 2000, installation view
bricks, cement

Blind Cities series «The Echo, No. 5» 1999, mixed media,
installation view at Museu Serralves, Porto

Found Cities series «No. 5» 2006, sculpture, steel

The Grid Paintings series «Untitled» 2006, acrylic on wood
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True Gardens series «No. 1» 2000, installation view at
Crestet Centre d'Art, France
wood structure and enamel on mirrors

True Gardens series «No. 2» 2002, installation view at
Magasin 3, Stockholm
MDF, acrylic on laminated glass, fluorescent lamps

True Gardens series «No. 3» 2004, installation view at
Musée des Beaux-Arts, Dijon
bricks, cement, acrylic on fluorescent lights


True Gardens series «No. 4» 2005, installation view at
Haunch of Venison, London
aluminium, double laminated glass, wood, enamel paint,
fluorescent lights
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«Semina» 2000, installation view at GAM Torino
concrete beams, acrylic on neon lights

«À propos des Lieux d'Origine» 2005, installation view
bricks, concrete, fluorescent lights, aluminum

«A Balance of Light» 1999, installation view
found wood object, halogen projector

Compound series «No. 10» 2006, sculpture
white Carrara marble

Favorite Places series «No. 8» 2005, sculpture
car paint on aluminium, MDF, fluorescent lamps

«The White Room (About T.S.Eliot)» 2006, installation view
aluminium, double laminated glass, cotton fabric

Favorite Places series «No. 1» 2004, sculpture
aluminium, glass, wood, fluorescent lamp

Favorite Places series «No. 5» 2004, sculpture
aluminium, MDF, glass, wood, fluorescent lamps, hardware

«Scent» 2004, installation view
car paint on aluminium, MDF, fluorescent lights
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A presença de Pedro Cabrita Reis no mundo da arte data de meados dos anos 80.
Ficou conhecido no meio artístico pelas suas numerosas instalações, próximas da arquitectura, construídas a partir de materiais recuperados e de néons. Representou Portugal na Bienal de Veneza de 2003, com a sua obra “Longer Journeys” e no ano de 2004 teve os seus trabalhos expostos em numerosas exposições internacionais, com destaque para: Le Grand Café, Saint-Nazaire; Kunsthalle Berne, Berna; Frac Bourgogne, Dijon e Camden Arts em Londres. Cabrita Reis continua a interrogar o espaço com materiais extraídos da arquitectura que tornam o real mais poético.
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As construções de Pedro Cabrita Reis, abordam questões sobre o espaço, o tempo, a relação com as coisas e a viagem que a vida representa. O artista adopta uma filosofia de “desconstrução”, com vista a reconstruir com o que já existe. Isso leva-o a pensar a realidade de uma outra forma. Só os que são capazes de se libertar do que já conhecem, se poderão abrir a uma nova realidade, regida pelas suas próprias leis, ajustada a elementos do real que cada um de nós conhece. As suas criações são feitas, na maior parte das vezes, no local. Surge assim a ideia de que o local e os materiais utilizados são sinais visíveis de um trabalho muito mais aprofundado, alimentado pela filosofia e pela poesia.
A arquitectura é uma forma de habitar o mundo, uma construção frágil levada a cabo pelo homem, que, de um momento para o outro, poderá desintegrar-se ou ser reutilizada. O seu trabalho confronta uma consciência individual subjectiva com uma dimensão colectiva, introduzindo as noções de memória e de viagem.
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As suas instalações transformam-se numa metáfora ao colocar a questão do lugar que cada um ocupa na vida, daí a importância dos degraus em “Northern Stairs, 2002” e das portas, tais como as que encontramos na série “Favorite Places, 2004/05”. O néon que deixa transparecer uma luz fria, permite jogar com as diferenças de temperatura e também com o momento, transmitindo uma atmosfera particular a cada instante: por ex., reminiscência com a peça “Some Other Time, 2003”. O silêncio encontra-se também presente no seu trabalho como um momento de recolhimento permitindo um primeiro distanciamento em relação à obra. A obra “The Passage of the Hours, 2004”, instalação realizada no Museu Middleheim em Anvers, destaca simultâneamente a importância do momento e do silêncio: exibida no exterior, a peça apresenta-se como um vestígio no parque durante a tarde. De noite, ao contrário, ela alcança um novo sentido através da iluminação produzida pelos néons.
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As instalações do artista, apresentando-se ora como o esqueleto de uma construção passada, ou, ao contrário, em via de o vir a ser, não cessam de nos surpreender. Em exposições subsequentes, Pedro Cabrita Reis continua a explorar a relação criada entre as suas instalações e o espaço, com a apresentação de uma série de novas peças em Paris, em 2005 (Galerie Nelson-Freeman) e em Bruxelas, também em 2005 (Galerie des Filles du Calvaire).
Tatiana Trouvé, France Culture, Abril 2005
(traduzido por Fernanda Valente)

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Nota: A biografia do autor e as obras aqui referenciadas poderão ser consultadas no sítio oficial de Pedro Cabrita Reis.
Actualmente, o artista encontra-se representado na exposição "Portugal Agora" no Museu de Arte Moderna Grand-Duc Jean, no Luxemburgo e na Kunsthaus em Graz, na Áustria, com a instalação "True Gardens" # 6.
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Crítica:
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Gacier et laque, tuyaux et câbles, briques et néons, aluminium et verre. Énumérer les matériaux constituant l'oeuvre de l'artiste portugais Pedro Cabrita Reis revient à poser le terme d'oxymoron pour caractéristique de son travail. Soit le jeu d'une opposition qui ne se crée pas plus dans la séparation qu'elle ne l'induit, mais qui s'opère dans le rapprochement de notions contradictoires et se renforce par le choc de leur rencontre.
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À l'édification d'un monde insensible que les moyens suggèrent, répond ainsi la déconstruction mélancolique du monde qu'ils réalisent. De même qu'à la clôture sur l'objet spécifique répondrait l'ouverture du sujet antinomique. Convoquant le répertoire formel de l'art minimal, les matériaux élaborent ici une tout autre pensée de la relation percept/concept. Celle qui réinscrit comme dialectique la dimension de l'affect, unissant avec égard ce qui fut brutalement tranché dans le rejet de cette dernière au profit du premier et double terme.
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Dans la délicatesse des ruines, c'est donc par la forme littéraire de l'oxymoron qu'apparaît cette ouvre composée d'installations proches de l'architecture. Car dans la délicatesse des ruines, elle invite bel et bien le spectateur, regard et corps pénétrant le champ de sa matérialité. Ou visiteur appelé vers elle au sens baudelairien du flâneur--le flâneur, c'est celui qui <<>>, écrivait Benjamin dans sa lecture du poète (1). Et dans le silence absolu que produit l'oeuvre matérielle s'il en est de Cabrita Reis, ainsi traversons-nous le vide qu'elle bâtit par la brique et l'acier, flâneurs du temps suspendu face à la verticalité d'architectures dont les seuils restent indéterminés. Regards et corps rendus flâneurs face au temps de la lumière qui se présente, de même, avec l'horizontalité de fondations pour toute architecture. Laissée sans titre à l'égal du monde en devenir qu'elle présente sous l'espèce du monde en chantier qu'elle transfigure, l'exposition est conçue selon un plan d'orthogonalité qui assemble en édifice invisible les diverses installations la composant. Tandis qu'au rezde-chaussée, l'ensemble réunit des pièces distinctes dont chacune, sculpturale ou picturale, reprend ou renvoie à la verticalité du corps, c'est à l'horizontalité du sol qu'amène ou plutôt ramène l'étage supérieur de la galerie, dont les quelques soixante-dix mètres carrés sont investis par l'unique installation qui l'occupe in situ.
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Constituée de briques posées à même le sol et dont les bords font supports pour des néons allumés, ce qu'elle détermine, À propos des lieux d'origine--car tel est son titre--est à la fois l'espace du dédale, lieu de la perte et de la fin ou temps obscurs de l'égarement qu'elle dessine en filigrane. Et celui de la fondation, lieu de la force qui crée pour la durée comme de l'appui d'oø re-créer; et d'une sortie vers la lumière qu'elle consolide, pourrait-on dire, avec le fil d'Ariane courant sous les pieds du visiteur dont il suspend chacun des pas. Baudelairien flâneur qui franchit comme autant de seuils l'enchevêtrement de câbles électriques parcourant l'oeuvre au sol, à l'égal du réseau veineux irriguant le corps.
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L'Art Minimal de Pedro Cabrita Reis
Isabelle Hersant, Art Magazine Etc Montréal

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Pedro Cabrita Reis possesses a complex oeuvre, encompassing a variety of media: painting, drawing, and sculpture composed of both found and manufactured objects. Often employing the simplest materials from the lexicon and leftovers of building and construction - long, strip florescent light bulbs, rusting steel girders, salvaged work tables, double glazed vitrines, decaying wooden doors, clay brick, or aluminium tubing - his works explore laden relationships between space, architecture, and memory.
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Concerned with the evocative potential of the architectural fragment, the artist's three-dimensional works, including 'Meeting Point' (2004) and 'True Gardens #4' (2005), seek to both paint and construct: to use the formal and perceptual qualities of the painting to suggest the contingency of construction and the human urge to develop signification from the most abstract elements. In 'Meeting Point', the large linear work, composed of steel girders interrupted by both a window whose glass pane is three-fourths covered in yellow paint and a found work table, has a disturbing quality; the penetration of the table's structure and the obscured vision of the window imply a violent, if unseen, narrative and emotional space. In "True Gardens # 4", presented on the floor as a representation of an artificial pool - a pool of light - the affective and ambiguous quality of the artist's work manifests through the material: fluorescent lights. The artist states, "The fluorescent tube already has, as an object, a quality of melancholy embedded in it... They belong to lost alleys, suburban places, factories where people are exploited, a history of exploitation and oblivion." In both pieces, as the materials either found or fabricated import their own histories or connotations, abstraction dissolves into reference with a poetry that is all Cabrita Reis's own.
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"Alberti saw painting as a window on the world, and I have turned that window into a mirror," comments Cabrita Reis. For his exhibition at Haunch of Venison, London (2005), the artist completed a climatic set of five large-scale, monochrome paintings, composed in sombre green, brown, black, blue and oxblood textiles. The highly reflective glass, which encases the works, and which might suggest transparency, presents an opacity to vision: though we want to see through it, to the work, instead we see only ourselves. In these seemingly abstract works, the resultant reflection speaks to the inevitability of representation, as the resultant field of vision, impenetrable, reflects back to the viewer his (or her) own image. These works are about the ways and powers of seeing, the contingency and construction of vision. They, as with the whole of Cabrita Reis' oeuvre, aim to underline what for the artist is the very power of art: through an understanding of "what we do and how we see things" to "tell us who we are". (...)
Haunch of Venison, London
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Pedro Cabrita Reis website
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«The Large Self-Portraits»: imagens cedidas por cortesia do autor.
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