sábado, setembro 29

Andrea Inocêncio, Terceira / Açores - arte conceptual contemporânea

Veteporai (IX), 2007

Veteporai (I), 2007

Veteporai (XIV), 2007

Veteporai (X), 2007

Veteporai (II), 2007

Veteporai (III), 2007

Veteporai (VI), 2007

Veteporai (V), 2007

Veteporai (XII), 2007

Veteporai (XI), 2007

Veteporai (VIII), 2007

Veteporai (XIII), 2007
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Andrea Inocêncio nasceu em Coimbra em 1977. Em 2000 concluiu a licenciatura em Pintura pela A.R.C.A./E.U.A.C., Coimbra. Em 2001 frequentou o primeiro curso de Cenografia e Arquitectura do Espectáculo pela Escuela Superior de Artes del Espectáculo TAI, Madrid, e em 2002 finalizou a pós-graduação em BD e Ilustração, pelo I.A.D.E., Lisboa. Tem o curso de Fotografia do Centro de Estudos de Fotografia. É presentemente professora de Educação Visual na Escola Secundária Padre Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, e artista plástica residente na Galeria Pedro Serrenho, em Lisboa. Andrea Inocêncio já foi distinguida com vários prémios, nomeadamente menções honrosas nas VI e VIII edições do Prémio de Pintura e Escultura D. Fernando II; na III Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde; em fotografia, no I Raide Fotográfico, Coimbra; em pintura, no concurso Liberdade 25 Anos, Miratejo; sem esquecer ainda o primeiro prémio Aquisição de Pintura "Andy Warhol", Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto e a distinção de "Createur d'aujourd'hui" pela Fédération Nationale de la Culture Française.
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Sobre a exposição "El Paisage Inventado"
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"El Paisaje Inventado" é uma exposição internacional de fotografia digital, e é tida como uma oportunidade para o encontro e promoção de diversos artistas digitais da Macaronésia.
A exposição "El Paisage Inventado" tem como marco aglutinador a obtenção de uma selecção de autores e obras que reflictam uma paisagem com intervenção, que poderá ser designada como território inventado que é palco da interacção dos meios rural-urbano-natural.
Em 2005, foi seleccionada para participar no certame com duas obras de técnica mista - intervenção plástica sob fotografia digital -: "daqui para acolá pelas montanhas arrojadas" e "suave brisa de Outono envergonhado".
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Sobre a exposição "In Out of the Big White Ballon"
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Em 2006, realizou na Carmina Galeria, na Ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, numa iniciativa do IAC-Instituto Açoriano de Cultura, uma instalação/performance intitulada "In Out of the Big White Ballon".
A instalação/performance desenvolveu-se em três etapas: a criação de um microcosmo belo, aparentemente perfeito e em harmonia; a revelação de um microcosmo frágil e sensível a todas as transformações, resultando num microcosmo efémero, com marcas permanentes deixadas pela destruição.
Nas palavras da artista, "um microcosmo é belo mas frágil e efémero. Tal como o mundo em que vivemos que se nos apresenta muitas vezes fascinante, mas na realidade é decadente" é vítima da acção destrutiva e inconsciente dos seus próprios habitantes " os humanos. A guerra, a ganância, a fome, epidemias, etc. consomem tudo de maravilhoso existente no nosso planeta. Esperança" Existe" mas será esse sentimento suficiente para evitar a consumação total"".
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Sobre a exposição "Veteporai"
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A partir de 20 de Janeiro e até 4 de Março, do próximo ano, vão estar em exposição, na Carmina Galeria, na ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, as obras desta artista plástica, numa exposição intitulada "Veteporai". Acima faz-se a apresentação de algumas dessas obras, amavelmente cedidas por:
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Ilha Terceira, Angra do Heroismo

sábado, setembro 22

Yves Klein, Nice / França - arte conceptual contemporânea

Peinture feu sans titre (PF --), 1962
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Le Silence est d'or (Monogold - MG 10), 1960

Sculptures bleues sans titre (S--), 1950

Relief éponge bleu sans titre (RE --), 1958

Sculpture bleue sans titre (S--), ca. 1960

Monochrome bleu sans titre (IKB 79), 1959

Ci-gît l'Espace (Relief Planétaire - RP 3), 1960

Anthropométrie sans titre (ANT 8), ca. 1960

Peinture-feu sans titre (F74), 1961

Vénus bleue (S41), 1962
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)

Anthropométrie sans titre (ANT 154), 1960

Victoire de Samothrace (S9), 1962

Relief éponge bleu sans titre (RE 39), 1960
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L'Esclave mourant (Sculpture - S 6), 1962

Anthropométrie sans titre (ANT 148), 1960

Monochrome bleu sans titre (IKB 82)

Anthropométrie sans titre (ANT 96), 1961

Empreinte par l'eau et le feu, 1961, carton brûlé sur panneau

L'Arbre, sculpture éponge bleue, 1962

Globe terrestre bleu (Relief Planétaire - RF 7), 1957

Cosmogonie sans titre (COS --), ca. 1960

In Memoriam, Relief éponge (RE --), ca. 1960

Sculpture éponge sans titre, (SE 89), 1959

Vent Paris-Nice (Cosmogonie - COS 10), 1960
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Yves Klein nasceu em França em 1928, tendo falecido em 1962.
Pintor, escultor e escritor francês, Yves Klein foi desde cedo influenciado pela Arte Abstracta de sua mãe Marie Raymond. Não teve educação artística formal mas começou a fazer as suas primeiras tentativas na pintura em 1946, ano em que conheceu Arman, a quem se associou mais tarde no movimento Nouveau Réalisme. Entre 1949 e 1950, trabalhou na loja de molduras de Robert Savage onde aprendeu as técnicas da pintura e da aplicação de folha de ouro. Em 1950 expôs em Londres os seus primeiros trabalhos e em 1953 exibiu uma série de pinturas monocromáticas em Tóquio. Em 1956 Klein alcançou grande notoriedade junto do público e da crítica, sobretudo através da exposição Yves: Propositions monochromes na Galeria Colette Allendy, em Paris. Em 1958 executa os primeiros Anthropométries: impressões de corpos femininos cobertos em Azul de Yves Klein e apresenta os primeiros quadros vazios. Em 1960 foi membro co-fundador dos Nouveaux Réalistes e cria Cosmogonies, imagens criadas pela força dos elementos naturais (chuva, vento, folhas). Em 1961 realiza o primeiro relevo planetário e as primeiras imagens de fogo. Em 1983 tem uma retrospectiva importante no Centro George Pompidou e em 1994 no Museu Ludwig em Colónia.
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The Berardo Collection, Museu Berardo Lisboa
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Crítica:
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Le nom de Yves Klein évoque encore invariablement le célèbre bleu IKB (International Klein Blue) et ses monochromes, alors que son œuvre reste à découvrir. Performances préfigurant l'art conceptuel, projets architecturaux, œuvres sonores, chorégraphies de ballets, décors de cinéma, importants écrits… Yves Klein réfléchit et opère tous azimuts, exprimant ainsi sa bouillonnante réflexion sur le rôle de l'artiste, dont l'existence ne se réduit pas à l'acte de "produire" mais investit tous les champs d'expression. « Les tableaux ne sont que les cendres de mon art » n'a cessé d'affirmer Yves Klein, artiste majeur de la seconde moitié du 20e siècle, dont la fulgurante carrière – il meurt brutalement en 1962 à 34 ans – dépasse largement le champ de la peinture. Réunissant cent vingt peintures et sculptures, cent soixante dessins et documents de l'artiste, un grand nombre de films et photographies d'époque, cette exposition propose une relecture du travail d'Yves Klein. Aussi fidèle que possible aux déclarations de l'artiste contenues dans les écrits publiés récemment, le parcours met en évidence l'importance qu'Yves Klein accordait aux dimensions multiples de son activité artistique. Le sous-titre de l'exposition "Corps, couleur, immatériel" met l'accent sur les aspects du travail d'Yves Klein qui le révèlent proche du regard des artistes d'aujourd'hui, préfigurant l'art conceptuel et la performance. L'implication physique du corps est centrale dans l'œuvre. La couleur selon Yves Klein est un lien entre corps et immatériel ; véritable force spirituelle, elle transforme l'atmosphère, la vie elle-même en œuvre d'art. Elle se décline en trois tonalités emblématiques qui rythment le parcours de l'exposition, guidé par la parole d'Yves Klein : le bleu, l'or et le rose. En contrepoint, expositions du vide, performances où l'œuvre disparaît, sculptures éphémères, œuvres sonores et projets d'architecture sont autant de déclinaisons de l'immatériel qui constitue pour Yves Klein l'expérience essentielle de l'art.
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(Sobre a exposição "Corps, Couleur, Immatériel" que decorreu de Outubro de 2006 a Fevereiro de 2007)

sábado, setembro 15

René Magritte, Charleroi / Bélgica - pintura moderna e contemporânea

Le gouffre argenté, 1926
(em exposição no Museu Berardo Lisboa)

La Lampe Philosophique, 1937

L'Invention Collective, 1933

Shéhérazade, 1948

L'Atentat, 1932

La Saveur des Larmes, 1948

Les Bijous Indiscrets, 1963

L'embellie, 1962

Le Beau Monde, 1962

Magie Noire, 1933-34

Souvenir de Voyage, 1952

Le Masque de la Foudre, 1965

La Philosophie dans le Boudoir, 1947

Les Marches de l'Été, 1938

Les Épaves de l'Ombre, 1926

L'Éternité, 1935

L'Art de la Conservation, 1950

L'Univers Interdit, 1943

La Profondeur do Plaisir, 1963

L'Île aux Trésors, 1942

L'Art de Vivre, 1967

Clairvoyance, 1936

La Fenêtre, 1925

La Légende des Siècles, 1950

La Bataille de l'Argonne, 1959

La Page Blanche, 1967

Olympia, 1947

La Corde Sensible, 1960

La Victoire, 1938

La Grande Guerre, 1964

Paysage, 1926

La Moisson, 1943

Le Domaine d'Arnheim, 1938

L'Empire des Lumières, 1954

l'Homme de la Mer, 1926

Le Sens Propre, 1929
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Pintor, designer, escultor, fotógrafo e realizador de nacionalidade belga, Magritte é actualmente considerado como um dos maiores expoentes do Surrealismo. Estudou na Académie des Beaux-Arts em Bruxelas (1916-18) onde começou a pintar segundo um estilo impressionista. Expôs os seus primeiros trabalhos em 1919, ano em que se começou a interessar pelo Futurismo e no início dos anos 20 aproximou-se da abstracção formal através da influência do cubo-futurismo. Nesta década e na seguinte, Magritte desenhou igualmente cartazes e publicidade de moda. Desempenhou um papel bastante importante na fundação do primeiro grupo literário surrealista belga em 1926 e, em 1927, teve a sua primeira exposição individual na Galeria Le Centaure, que marca a sua emergência definitiva como artista surrealista. Magritte criou figuras estandardizadas, favorecendo especialmente o homem com o chapéu de coco. Pode mesmo dizer-se que foi na segunda metade da década de 20 que Magritte estabeleceu a base para o estilo e para a iconografia que estará presente em toda a sua produção futura. Até finais dos anos 30, continua a fazer uso frequente das formas abstractas, principalmente nas pinturas com textos incluídos. A sua reputação continuou a crescer durante os anos 60 e a sua influência sobre as gerações dos artistas conceptuais e pop é notória. Entre 1960 e 1967 foram organizadas grandes retrospectivas da sua obra nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Suécia e, em 1996 e 1998, em Düsseldorf e Bruxelas. Magritte participou em todas as exposições surrealistas importantes e mantém uma posição de destaque no movimento. A sua representação de objectos quotidianos evita a ilusão da realidade e tenta revelar os enigmas escondidos.
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The Berardo Collection, Museu Berardo Lisboa
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Crítica:
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Magritte (1898–1967) is closely linked to the surrealist movement, which was founded in Paris by French writer André Breton in 1924. Surrealism was shaped by emerging theories of perception, including Sigmund Freud’s theories (though Magritte always denied any Freudian interpretations of his work), such as the psychoanalytic concept of the uncanny—a sense of disquietude provoked by particular objects and situations. The movement’s primary aim was to resolve the contradictory conditions of dream and reality into an absolute reality—a super-reality—and to revolutionize human existence by freeing people from what the surrealists saw as false rationality and restrictive social customs. Initially influenced by Italian painter Giorgio de Chirico, Magritte was one of the founders of Belgian surrealism in 1926. His work from this period frequently places objects in unusual contexts or with unusual words or phrases, thus giving them new and surprising meanings. In 1929, Magritte moved to Paris in order to collaborate with Breton’s group. However, the idiosyncratic Magritte grew tired of their rigidity.In 1933, he broke from them by stating that the primary aim of his work from that point on would be to reveal the hidden and often personal affinities between objects, rather than juxtaposing unrelated objects. Nevertheless, he would remain associated with surrealism in general throughout his career. Magritte’s philosophical approach to images and language interested many postwar artists. In 1954, Jasper Johns and Robert Rauschenberg saw a groundbreaking exhibition of Magritte’s word-and-image paintings at the Sidney Janis Gallery in New York, and later acquired examples of these works. Magritte’s interests also foreshadowed other postwar artistic pursuits: a generation before the artists involved in pop art began working with images from popular culture, Magritte himself turned to this source. And before his death in 1967, Magritte even lived to see the impact of his own works on advertisements, popular culture, and television at a time when a number of the artists in this exhibition were coming of age.
In 1954, Jasper Johns and Robert Rauschenberg saw a groundbreaking exhibition of Magritte’s word-and-image paintings at the Sidney Janis Gallery in New York, and later acquired examples of these works.
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Sara Coohran,